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terça-feira, 26 de julho de 2011

Bonsucesso: à espera de dias melhores

Por Daniela Caldeira,


Sábado, 23 de julho de 2011. Essa data vai ficar marcada na memória dos torcedores e simpatizantes do Bonsucesso Futebol Clube. Nesse dia, fui à rua Teixeira de Castro, no Estádio Leônidas da Silva, para acompanhar Bonsucesso x Estácio de Sá, pelo Resenha, Futebol & Etc.

Escudo do Leão da Leopoldina

Confesso que não conhecia o estádio, mas o acesso ao local não é difícil. A equipe do Blog chegou cedo ao campo de jogo. Lá, pudemos ver qual a situação do clube, hoje. Ao andar pelas ruas, foi engraçado ver que muitas pessoas ao redor do campo sequer tinham noção de que haveria ali uma partida de suma importância para o clube da localidade.


Estádio Leônidas da Silva

Dentro do estádio, notamos que as instalações não são adequadas. Tomadas sem interruptores, paredes descascando, obras inacabadas, móveis e instalações repletos de poeira, a sala de troféus é inexistente. O que existe é uma sala minúscula, onde as taças ficam no chão. A suposta “boutique” é uma outra sala, 2m x 2m, com preguinhos na parede e blusas penduradas em poucos cabides.


Interruptores sem capa, salas pequenas e muita poeira: realidade do clube

É digno todo o esforço de cada funcionário que vimos desempenhando seu papel. Roupeiro, massagista, fisiologista, preparador físico, fisioterapeuta, assessor...todos com muito afinco em suas funções. É louvável ver a alegria de todos os que se envolveram no projeto da volta do Cesso à primeira divisão carioca.



Na ida ao Leônidas da Silva, conhecemos personagens como Tiodomiro de Souza Peres, um torcedor fanático, de cabeça branquinha, que acompanha todos os jogos do time, inclusive os de fora do Rio, independente da categoria. Peres, como é conhecido, carrega consigo um chaveirinho com o escudo do clube e tem um brilho nos olhos ao falar de sua paixão. “Não muda nada no acesso do Bonsucesso, não muda nada a divisão. O que importa é o clube. Vou onde ele estiver”, diz o torcedor.

Seu Tiodomiro Peres, torcedor fanático do rubroanil


Outra pessoa que chamou nossa atenção foi um jogador dos juniores. Juninho passou caminhando pela arquibancada, com cara de choro, enquanto seus amigos jogavam a partida preliminar. O atleta não estava sozinho. Estava sendo amparado por uma funcionária. Ao questionarmos o que havia acontecido com o jogador, descobrimos que Juninho tinha se machucado em um jogo recente e ficou com acúmulo de sangue no globo ocular, podendo jogar apenas no ano que vem. A tristeza e o incômodo que ele passava no olhar, não vemos em muitos atletas de grandes clubes de futebol.

Juninho recebe carinho de um funcionário


Todo o ambiente, todas as pessoas, tudo era agradável e contrastava com a estrutura – ou a falta dela, que encontramos. E que fique bem claro que não estamos achincalhando o Bonsucesso. Pelo contrário. Resolvemos registrar tudo isso para ajudar o clube em seu primeiro grande objetivo após o acesso.

O presidente do rubroanil, Zeca Simões, confidenciou que sua pretensão é ir até a Prefeitura do Rio para conversar com Eduardo Paes. Na pauta, um pedido: fazer um convênio entre Bonsucesso e Prefeitura, para que o clube seja utilizado pela comunidade, abrigue trabalhos sociais e aproxime os moradores do time. Simões crê que se o Leão da Leopoldina conseguir um incentivo por parte dos órgãos públicos, melhorando sua estrutura, o clube conseguirá voltar aos áureos tempos, de verdade.

1ª nota: Nós, do Resenha, Futebol & Etc, vamos acompanhar de perto a saga do Bonsucesso rumo à elite.

2ª nota: Zeca Simões era o presidente do clube em 1993, último ano do rubroanil na primeira divisão carioca.

 


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