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terça-feira, 5 de julho de 2011

Treinadores argentinos tipo exportação

Por João Oliveira,
Não é só de alfajor, vinho e CQC que vive a exportação argentina. O país também envia técnicos de futebol para os vizinhos sul-americanos. Depois de um início fraco de Copa América, com poucos gols e muitos empates, a competição ainda precisa empolgar e uma das apostas de boa parte das seleções é usar treinadores do país-sede do torneio para ajudarem a desvendar os caminhos das redes argentinas.
Dos 12 países, cinco têm comandantes argentinos. Além da própria Albiceleste, liderada por Sergio Batista, Bolívia, Costa Rica, Paraguai e Chile contam com técnicos do país do tango. Desses, três são campeões mundiais. Ricardo La Volpe, da Costa Rica, era goleiro reserva na Copa do Mundo de 78, quando nossos hermanos venceram em casa.
Em 86, ano do bicampeonato e da consagração de Maradona, Sergio Batista e Claudio Borghi, atual técnico do Chile, foram coadjuvantes do Pibe. Para quem não lembra, Borghi jogou no Flamengo, em 1989. Na ocasião o ex-atacante chegou como astro do time, substituindo Bebeto, vendido ao rival Vasco. O argentino não emplacou e saiu como um dos maiores micos da história do clube da Gávea.
Gerardo Martino fez sucesso com o Paraguai na Copa

Outros dois treinadores hermanos que tentam a sorte em outras seleções na Copa América são Gustavo Quinteros, da Bolívia, e Gerardo Martino, do Paraguai. O primeiro inclusive é naturalizado boliviano e jogou na seleção antes de virar treinador. Já Martino continua sendo argentino nos documentos, mas a identificação com o Paraguai é grande. Depois de treinar alguns times locais, o técnico levou a equipe guarani ao seu melhor resultado em uma Copa do Mundo, no ano passado.  
E não é só a Argentina que exporta treinadores no continente. O colombiano Reinaldo Rueda comanda o Equador. Ano passado ele estava na África do Sul com a seleção de Honduras. Já o uruguaio Sério Markarián treinou o Paraguai por duas oportunidades, inclusive no Mundial de 2002. Hoje o técnico dirige o Peru.
Um dos principais exportadores de jogadores do mundo, o Brasil parece não ter muita moral no mercado de técnicos da América do Sul. O único brasileiro a trabalhar na função durante a Copa América é Mano Menezes, líder da própria seleção brasileira. Uruguai, com Oscar Tabárez, México, com Luis Tena, Venezuela, com César Farias, e Colômbia com Hernán Darío Gómez são os outros que apostam no produto nacional para comandar suas seleções de futebol. Além, é claro, da própria Argentina, que apostou em Checo após a saída de Maradona.

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